sexta-feira, 28 de agosto de 2015

ENTREVISTA A ALINA LOURO (2ª PARTE) Onde está o Vasco?


     Apresentamos agora a 2ª parte da entrevista a Alina Louro, professora da ESAAG e coautora de dois livros de exercícios de Física e Química da Raiz Editora. Esta 2ª parte esclarece qual a quota-parte de Alina Louro nestas obras e a relação dos dois livros de exercícios  agora editados com a nossa escola.


Como foi a sua intervenção neste projeto?
A ideia de escrever estes livros partiu das minhas aulas, com os meus alunos e já tem algum tempo. Sempre inventei muitos exercícios para os meus alunos e isso fez com que um encarregado de educação fizesse chegar um caderno diário de um aluno à editora. Fui contactada e a ideia começou a fazer sentido, justificava-se! Nas minhas aulas tenho usado, há 14 anos, uma personagem que participa nos exercícios, o Vasco… todos queriam que um dia existisse um livro de exercícios onde o Vasco entrasse. Dada a natureza da ideia o Projeto foi associado à RAIZ porque ia ao encontro dos ideais da editora e do próprio grupo editorial. Fui eu que contactei as pessoas que me pareceram indicadas para o desenvolvimento do Projeto. Somos quatro professoras, duas doutoradas em Física e duas doutoradas em Química. Duas de nós são professoras no ensino universitário e duas no ensino secundário. As duas professoras do ensino secundário são, também, corretoras de exames nacionais. A RAIZ apostou na equipa e começámos a trabalhar. Dividimos tarefas, por áreas da ciência, e todas supervisionámos o trabalho das outras. Foi complicado porque tivemos pouco tempo e era algo novo para nós todas, mas foi gratificante. Eu, como criadora da personagem “Vasco”, fiz chegar ao ilustrador os meus desenhos da personagem e ele deu corpo ao Vasco. A primeira vez que vi a personagem chorei, era o meu Vasco… simpático, curioso, divertido e participativo! Há mais nomes de alunos meus nos livros mas não vou divulgar…

E os seus alunos, eles acompanharam a escrita das obras?
Muito, estes livros também são deles, são nossos. O início da escrita das obras coincidiu com o início da Física para o ex-10ºC. Já sou professora da turma desde o 7º ano e todos os alunos são muito especiais para mim. Eles acompanharam tudo, desde a construção à escolha do grafismo (simples mas elegante). Espero que as cores tenham ficado do agrado deles! Todos os exercícios que coloquei nos testes do 10º C foram para o livro de Física e isso não foi fácil para a turma. O livro tem exercícios difíceis e eu escolhia-os sempre para colocar nos testes. Os alunos davam sempre a sua opinião… e foram fazendo os exercícios nas aulas. Lembro-me de alguns exercícios que, depois de serem dimensionados, foram “retocados” pelos meus alunos. Alguns pareciam brincadeira e depois ficaram fantásticos. Todos vão querer vê-los agora! Agradeço a todos as sugestões, as dúvidas que iam colocando e que me faziam repensar os exercícios. Foi maravilhoso! Dos três subdomínios que constituem o 10º ano de Física, dois já estavam presentes no programa antes das novas metas pelo que os meus alunos foram uma ajuda fantástica. Curiosamente o “Vasco” é parecido fisicamente com o Ricardo Mocho, um dos alunos da turma!
Além de tudo, os alunos da nossa escola vão reconhecer algum material de laboratório que deu origem às ilustrações, é o nosso material de mecânica e termodinâmica.

Quais as suas expectativas quanto a esta edição? E segue-se a do 11º ano?
Dada a crise económica, receio que muitos alunos não comprem mais que o manual escolar. O ensino privado vai ser um grande “cliente” porque nessas instituições há aulas de estudo incorporadas no horário dos alunos e estes têm mesmo de estudar. Acreditamos que as fichas de trabalho, soltas, vão dar lugar a este género de livros. Por agora, há que satisfazer essas encomendas e fazer chegar a ideia às escolas públicas do país e dos países de língua oficial portuguesa. A RAIZ está a trabalhar nesse sentido. Não estou preocupada com as vendas, quero que os alunos que compram os livros retribuam o nosso esforço com boas notas! Se vender bem, melhor. Gostava que o “Vasco” chegasse a alunos de todas as escolas…e que ajudasse os alunos a estudar.
Já estamos a trabalhar no Projeto do 11º ano. Estou naquela fase em que tudo o que me rodeia pode dar origem a um exercício de mecânica: é a fase do encantamento. Os outros membros da equipa estão a trabalhar noutras áreas, o eletromagnetismo está a “avançar a todo o vapor”… é um trabalho de equipa. O Projeto do 11º ano tem de estar concluído em maio de 2016: acredito que o fecho das obras seja em julho. Dois meses de revisão parece muito mas não é, a ilustração, a paginação… enfim, tudo o que suporta a edição de uma obra. Até lá… muito trabalho até porque, além da construção dos exercícios, há as resoluções exaustivas e as chamadas de atenção.

Onde é que os alunos podem encontrar os livros?
Nas livrarias, no início de setembro já deve ter chegado à Guarda. Nas cidades maiores já podem comprar em agosto. Em Lisboa, já é fácil encontrar. Contudo, os alunos podem encomendar o livro na “escola do Vasco”: a nossa escola. Sendo ano de lançamento, os nossos alunos terão um desconto que corresponde ao ganho da livraria. Esta é uma forma de presentear os alunos da escola com a edição das obras. 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

ENTREVISTA A ALINA LOURO (1) Professora da ESAAG é coautora de 2 livros de exercícios de Física e Química A


     Alina Louro, professora da ESAAG, é uma das autoras dos livros de Exercícios de Física e Química do 10.º ano, da Raiz Editora, que acabam de sair para o mercado. Colocámos algumas perguntas a Alina Louro sobre a edição. A primeira metade publicamos hoje, o resto amanhã. Parabéns e muito sucesso.

P: O que contêm estes dois cadernos de exercícios?
R: Dada a dimensão das obras, não lhe chamaria cadernos. São dois livros de exercícios que constituem uma aposta da RAIZ num projeto único. São os únicos livros deste género no mercado português, na disciplina de Física e Química A. A Porto Editora, grupo a que pertence a RAIZ, tem um livro deste género para a disciplina de Matemática A. É uma aposta do grupo editorial em algo bem diferente. Há uma série de livros à venda que contém exercícios e muito texto a que chamam “resumos”. A maioria dos exercícios são de exames que também são disponibilizados a preço zero pelo IAVE e que estão resolvidos na internet, paga-se o que é grátis! Contêm conteúdos/resumos que também estão presentes nos manuais adotados, portanto paga-se em duplicado.
A ideia da RAIZ foi afastar-se disso tudo e colocar a disposição dos alunos uma enorme quantidade de exercícios, feitos de raiz, do género do exame mas não só. Os livros contêm exercícios desenvolvidos de acordo com as novas metas curriculares, a maioria deles de grandes dimensões e que envolvem o domínio de vários objetivos do Programa da disciplina. Em cada subdomínio o nível dos exercícios vai aumentando, mas o aluno é sempre estimulado a resolver mais e mais. Todos os exercícios estão resolvidos por etapas rigorosamente explicadas, o objetivo principal é que o aluno cresça na disciplina de forma autónoma. O aluno pode gerir, até de forma temporal, a forma como estuda cada conteúdo e isso é mais uma novidade. O livro de Física contem meia dúzia de exercícios de exame e apenas porque os meus alunos partilharam comigo dúvidas na compreensão das resoluções que têm disponíveis na internet, a escolha foi criteriosa e rigorosa. As resoluções são pedagogicamente cuidadas…o aluno é ensinado a estudar para aprender e saber. O livro de Química tem apenas exercícios de raiz. Gostamos muito do resultado final.

P: Faziam mesmo falta estes livros de exercícios?
R: Agora sou suspeita: se não achasse que sim, não teria abraçado este desafio! Quando entro num Projeto é porque acredito mesmo nele. Esta ideia já era antiga… esteve a fermentar muitos anos. Para mim é o realizar de um sonho que fui sempre partilhando com os meus alunos. É minha convicção que só deve comprar estes livros quem quer estudar. E estudar para saber e não apenas para passar em testes. O exame da disciplina tem um peso enorme na classificação interna e no acesso à universidade. Se, de facto, o aluno quer fazer mais exercícios e treinar muitos estilos, então um livro deste género faz falta. Dada a diversidade de exercícios presentes, estes livros deverão constituir um apoio importante no estudo dos alunos. Depois, estes livros contêm muitas chamadas de atenção sobre pontos/conteúdos importantes em que os alunos normalmente revelam dificuldades. Ensina a usar a máquina de calcular, por exemplo, recorda conteúdos abordados nas aulas de forma sistemática, chama a atenção para critérios importantes na correção dos exercícios, para as falhas mais comuns … de facto, têm muitas novidades! O aluno que compra uma obra destas tem um aliado à aprendizagem em sua casa e aprende de forma autónoma.

P: A aplicação em exercícios é fundamental nesta disciplina?
R: É, e esse é o grande problema desta disciplina. Há uma percentagem de alunos que se limita a fazer/copiar os exercícios das aulas. Alguns têm acompanhamento fora da escola e fazem exercícios de exames, por exemplo. Quando o seu professor lhe apresenta um exercício diferente, o aluno não sabe aplicar os conhecimentos que aprendeu em sala de aula. Também não o fará no exame. Na generalidade dos casos, os alunos fazem poucos exercícios, trabalham pouco. Além disso, quando fazem exercícios, não diversificam as metodologias e, depois, não desenvolvem competências.

P: Porque é tão difícil esta disciplina para os alunos?
R: Os conteúdos abordados nesta disciplina não são, de facto, fáceis. Se os alunos não estiverem com atenção nas aulas e não aplicarem os conteúdos aprendidos na realização de exercícios, não podem ter sucesso. Apercebo-me disso nas aulas. Cada vez mais, na minha opinião, os alunos “deixam andar”, nem ouvem o professor, tudo para eles é secundário … até os conselhos do professor na realização deste ou daquele exercício. A estrutura montada fora da escola não consegue dar resposta à falta de atenção nas aulas e à não resolução de exercícios de forma autónoma. Depois, falta alguma reflexão sobre o que está mal. Cada escola, na minha opinião, devia refletir sobre o que poderá estar na base das baixas notas no exame, por exemplo. Conheço algumas, felizmente, que o fazem! Serão apenas os alunos que estudam pouco? Ou estudam mal? E se o manual adotado passasse a estar noutra linha… já que o anterior parece não ter conduzido ao sucesso? Falta alguma reflexão da parte dos intervenientes no processo de ensino mas, na minha opinião, falta também entrega e trabalho da parte dos alunos. Claro que há exceções, felizmente. Há alunos fantásticos como aqueles que motivam os seus professores a escreverem para eles e para os outros alunos…     (CONTINUA)

terça-feira, 25 de agosto de 2015

O BICHINHO DO SABER Um site para aprender e divertir-se


O Bichinho do Saber é um site que reúne muito informação útil para os estudantes do Ensino Básico: desde os programas e metas curriculares dos diversos anos, às revisões das matérias, a exercícios sistemáticos e de preparação para as Provas Finais. Em todas as disciplinas. Para além disso jogos não faltam. Vale a pena passar por aqui:

domingo, 23 de agosto de 2015

CRÓNICA "ROUBADA" DE ISABEL STILWELL Uma mãe tem que ser chata

Na educação é difícil para os professores e para os pais dizer “não” e desagradar no imediato aos alunos e aos filhos. Esta crónica de Isabel Stilwell (no NOTÍCIAS MAGAZINE) chama a atenção para o facto de que os adultos têm frequentemente de ser “chatos”. Neste caso a mensagem vai para as mães que no Facebook mostram as fotografias e se fartam de os chamar “príncipes” e “princesas”. São capazes logo a seguir de os repreender?
Vêm aí as aulas. Faltam 3 semanas… Tenham um bocadinho de paciência e leiam até ao fim.

INFOCURSOS.MEC.PT Muitos pormenores sobre o curso que queres seguir


Queres saber quais os cursos superiores que te dão mais hipóteses tendo em conta as classificações que tens? E os que têm melhor empregabilidade? E a classificação média dos alunos no fim do curso?
O site infocursos.mec.pt do Ministério da Educação e Ciência apresenta gráficos relativos aos últimos anos que te ajudam a situar melhor relativamente aos cursos superiores que podes escolher. Demos como exemplo o Curso de Enfermagem da Escola Superior de Saúde do IPG (Instituto Politécnico da Guarda), um dos cursos mais procurados pelos alunos da ESAAG.

Assim, neste curso, nos anos de 2012/13 e 2013/14, entraram 31,5% dos alunos na 1ª opção e 14,6% na 2ª opção. Ao fim de um ano 92,7% dos alunos estavam ainda inscritos no mesmo curso. Só havia 30% de rapazes, enquanto na média nacional deste curso os rapazes chegam aos 46%. Os diplomados deste curso acabam-no com classificações entre 14 e 16 valores de média na quase totalidade (resultados de 2011/12 e 2012/13). A taxa de desempregados dos alunos diplomados neste curso entre 2010 e 2013 atinge apenas 1,8% dos alunos, sendo de 8,6% a nível nacional (registos do IEFP).
Vê mais pormenores sobre este e outros cursos em http://www.infocursos.mec.pt/ (foto antenalusa.pt)

INFOESCOLAS.MEC.PT (4) Reprovações da ESAAG são em número inferior ao distrito e ao país


 Nos três anos do ensino secundário dos cursos científico-humanísticos, entre 2009 e 2013, a ESAAG mantém percentagens de reprovação e desistência melhores do que a média nacional e do que os números do distrito da Guarda. Assim, como se pode verificar no quadro, o panorama é melhor em 2011/12 e 12/13 mas é nos 4 anos globalmente superior à média do país e do distrito. O 11º ano em 2009/10 e o 12º ano em 2010/11 (a laranja) foram os únicos anos em que ficámos abaixo dos outros.


2009/10
2010/11
2011/12
2012/13

10º
11º
12º
10º
11º
12º
10º
11º
12º
10º
11º
12º
ESAAG
15%
15%
32%
15%
10%
38%
8%
12%
30%
10%
10%
31%
Distrito Guarda

16%

14%

33%

15%

12%

31%

11%

14%

37%

15%

14%

39%
País
18%
12%
33%
18%
13%
37%
17%
14%
35%
16%
14%
36%

Compare agora com outras escolas em infoescolas.mec.pt

INFOESCOLAS.MEC.PT/ (3) Estamos melhor ou pior do que as escolas semelhantes a nós?


Este gráfico compara a ESAAG às outras escolas que estão em condições semelhantes em termos socioeconómicos, de escolaridade dos pais, estabilidade do corpo docente, dimensão das turmas e diversidade das ofertas formativas. Compara períodos de dois anos quanto aos resultados de exame em Português e Matemática (Ens. Secundário) e à conclusão do ano. Verifica-se assim que em Português tanto no biénio 2011-12 como no biénio 2012-13 os resultados dos exames do Ensino Secundário estiveram de acordo com o previsto, situando-se na faixa central entre os 25% mais abaixo da média e os 25% mais acima da média destas escolas. Em Matemática nos dois biénios os resultados situaram-se na faixa superior das escolas do mesmo tipo, isto é, entre as 25% melhores do tipo de escolas semelhante ao nosso. Quanto ao indicador relativo à conclusão de ano, a ESAAG está na faixa central vindo de encontro ao que se espera de escolas do nosso tipo.
Do mesmo modo se pode verificar que as classificações internas dos alunos que prestaram provas de exame (11.º e 12.º anos) de 2010 a 2014 aparecem em 3 destes anos desalinhadas das escolas que tiveram médias de exame semelhantes às nossas (duas vezes com classificações internas superiores à média e uma vez com classificações inferiores). Em 2011 e 2014 a média de classificações internas aparece alinhada com a média das outras escolas com a mesma média de exame.
E se comparássemos com as outras escolas do distrito ou da cidade? Exercício para o leitor. Basta ir a http://www.infoescolas.mec.pt/

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

INFOESCOLAS.MEC.PT (2) Como evoluem os alunos da ESAAG do 9º até ao 12º ano?


Continuamos a seguir os dados do site infoescolas.mec.pt sobre as escolas de todo o país. Entre 2010/11 e 2013/14 o indicador de progressão dos resultados escolares entre os exames do 9º ano e do 12º ano manteve-se em Português nos 4 anos de acordo com a média nacional (na faixa central entre os 25% que menos progrediram e os 25% que mais progrediram). Em Matemática o nível comparativo com os exames do 9º ano manteve-se na faixa central nos 3 primeiros anos mas em 2014 baixou um pouco e caiu para a zona dos que mais desceram entre os exames do 9º e 12º anos, fugindo (para baixo) à média nacional.
Este indicador de progressão compara os resultados de cada aluno nos exames do 9º ano a Português e Matemática e os resultados dos mesmos alunos no 12º ano. Este indicador de progressão não depende da variação dos resultados dos exames (por serem mais fáceis ou mais difíceis em cada ano) pois é calculado a partir da posição relativa dos alunos face às médias nacionais. Também é calculado não tomando em conta os factores socioeconómicos da escola em causa, sendo por isso mais fiáveis porque compara resultados dos mesmos alunos.
Mais pormenores em http://www.infoescolas.mec.pt/
 (Foto publico.pt)




INFOESCOLAS.MEC.PT Estatísticas da ESAAG em 4 anos


O Ministério da Educação tem um site com estatísticas globais, por escola e por região e que permite ter uma ideia de como evoluem as escolas nomeadamente no que respeita a matrículas, percentagens por género e idade, resultados de exames, taxas de retenção e desistência nos cursos científico-humanísticos. Estas estatísticas são obtidas através dos números reportados pelas escolas nos momentos-chave do ano letivo e permitem monitorizar a situação de cada escola e compará-la, embora com algum lapso de tempo passado, às outras escolas do país.
Fazemos hoje um apanhado dos números globais e amanhã analisaremos os dados relativos a resultados de exame em Português e Matemática e sua evolução num período de 4 anos.
Assim em 2012/13 nos cursos científico-humanísticos do Ensino Secundário, havia 78,3% de alunos no curso de Ciências e Tecnologias e 21,7% em Línguas e Humanidades (385 contra 107). As percentagens são menores no distrito da Guarda tomado globalmente, tendo em conta os outros cursos, sendo de 67,4% a Ciências e Tecnologias e de 19,3% a Línguas e Humanidades. No entanto, estamos muito acima dos 57,6% do todo nacional em Ciências e Tecnologias e abaixo do todo nacional de 22,4% em Línguas e Humanidades.
Se compararmos os 4 anos de 2009 a 2013, o número global de alunos matriculados na ESAAG nestes cursos vai sempre aumentando (de 406 em 2009/10 a 492 em 2012/13) enquanto que no distrito eles descem nestes 4 anos de 2.750 para 2.696. Quanto à idade, a ESAAG tinha em 2012/13 82% de alunos do 10º ano com 15 anos (76% no distrito e 74% no todo nacional), 68% de alunos do 11º ano com 16 anos (igual percentagem no total do distrito e do país) e 73% de alunos com 17 anos no 12º ano (66% no distrito, 64% no país). Quanto ao sexo, a percentagem de raparigas da ESAAG (57%) é igual à do distrito mas mais elevada que a média nacional (55%).

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

EDUCAÇÃO LITERÁRIA O domínio no site da Porto Editora


O domínio da Educação Literária faz parte dos novos programas de Português e integra-se neles ao lado dos outros domínios (Falar, Ouvir, Ler, Escrever) no sentido de um domínio equilibrado da língua e da valorização da literatura como fazendo parte do património cultural do país e como veículo de tradições e valores que contribuem para a formação integral do indivíduo.
Esta valorização da Educação Literária avançou no Ensino Básico por força das novas Metas Curriculares implementadas nos últimos anos e constitui o cerne dos novos Programas do Ensino Secundário, cuja vigência se inicia no próximo mês de setembro no 10.º ano.
A Porto Editora tem no seu site uma secção dedicada à Educação Literária, com uma introdução ao tema e os Documentos ministeriais relativos às Metas Curriculares e às obras / textos recomendados em cada ano para realizar este domínio. A editora não tem editadas todas estas obras mas não está longe disso. O site coloca ao lado das capas da obras recomendadas nas Metas outras obras sugeridas pelo Plano Nacional de Leitura para cada ano. Vão lendo.
Para ver as capas ou aprofundar a matéria de cada ano vá a: http://www.portoeditora.pt/especiais/educacao-literaria/


ENSINO PROFISSIONAL Uma entrevista do líder da ANESPO, José Luís Presa


Numa entrevista ao EXPRESSO de 8 de agosto passado José Luís Presa (JLP), presidente da ANESPO (Associação Nacional das Escolas Profissionais), lamenta o fraco impulso dado pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC) aos cursos profissionais. JLP começa por referir a ambição de chegar aos 50% de alunos em ensino profissional em 2010 como meta falhada pelo MEC e as diferenças nesse aspeto em relação aos países europeus. Estamos nos 42%. A culpa, segundo ele, vem da pouca vontade política do MEC e dos interesses corporativos, nomeadamente dos professores do ensino regular, que sentem as suas “quintas” ameaçadas pelo avanço do ensino profissional. Fazer mudanças e potenciar e reorganizar as ofertas existentes é pois essencial para José Luís Presa.
JLP refere existirem 36.000 alunos no ensino profissional e salienta ao longo da entrevista a alta empregabilidade dos diplomados neste tipo de ensino, na maior parte absorvidos sem dificuldade pelas empresas onde estagiaram (JLP refere que são 70% os alunos empregados ao fim de um ano após o curso). Não compreende assim como não se faz nada para atrair os alunos que acabam por terminar o 12º ano e não prosseguem estudos superiores e que ficam assim sem qualquer qualificação profissional (sendo estes à volta de 30% do total). Segundo JLP, o estigma à volta do ensino profissional tem-se esbatido mas ainda há algumas vozes de “desvalorização”.
O Presidente da ANESPO aponta ainda os caminhos para o desenvolvimento do ensino profissional: um contínuo diagnóstico às necessidades do tecido económico-social, e consequentemente às necessidades de formação e depois o desenvolvimento de “políticas de educação e formação” adequadas àquele quadro, aproveitando os fundos da UE e pondo-os ao serviço da qualificação dos portugueses. Acaba dizendo que “os atores que estão no terreno o que esperam é que lhes sejam dadas condições para melhorar o ensino profissional dos jovens, preparando-os para a vida ativa e lhes concedam os meios para apoiar os adultos nas trefas da melhoria das suas qualificações”. O sistema dual, tal como existe, mostra-se adequado, na opinião de JLP.
Em nenhum momento a entrevista refere o papel das escolas secundárias em todo o sistema de ensino profissional. A situação de concorrência entre escolas profissionais e escolas secundárias com cursos profissionais tem levado a uma guerra surda, sendo muitas vezes difícil para as escolas secundárias disputar com as profissionais o público destes cursos quando as profissionais “oferecem” mais do que as secundárias conseguem oferecer. A disputa segue em banho-maria nomeadamente nas localidades onde os dois tipos de escolas disputam o mesmo público.



terça-feira, 18 de agosto de 2015

O PNL E AS INICIATIVAS AO LONGO DO ANO Preparem-se!


O Plano Nacional de Leitura (PNL) promove junto das escolas em cada ano um conjunto de atividades que marcam o ritmo do ano letivo e encorajam os alunos a ser criativos a partir das suas leituras. Assim destacam-se o Projeto Ler + Jovem, a Semana da Leitura, o Projeto Leitura em Grupo, o Projeto a Ler +, as Leituras d’Ocidente e d’Oriente, as Imagens contra a Corrupção, o projeto SOBE – Saúde Oral, os Concursos “Faça lá um poema”, “Escrever um conto” e “Concurso Nacional de Leitura”, o projeto “Quem conta um conto ao modo de Saramago?!”, o Concurso Inês de Castro 2014/15 e o Projeto “Ler + Mar”.
Quem esteja mais curioso pode já ir consultando no site do PNL os Regulamentos do ano passado em: http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/escolas. São bem estimulantes estes passatempos. O Agrupamento tentará em 2015/16 que haja alunos a participar em alguns destes projetos. 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

MANUAIS DOS DOIS AGRUPAMENTOS DA GUARDA Só um em cada três manuais é comum nas escolas do concelho


Em 99 escolhas de manuais a disciplinas comuns, os dois Agrupamentos da cidade, o Afonso de Albuquerque e o da Sé, escolhem na maioria das vezes manuais diferentes. Neste caso vigoram 31 manuais comuns em 2015/16. Nada que seja de muita admiração dada a grande oferta de manuais a cada disciplina, sendo vulgar haver dois manuais produzidos por disciplina em cada editora. No entanto nos diversos ciclos as situações não são iguais.
No 1.º Ciclo só um manual (Inglês, do 3º ano) é comum a todas as 25 escolas dado que as escolhas eram feitas em separado até há pouco tempo (antes de terem sido integradas nos atuais agrupamentos), passando-se algo de idêntico no 2.º e 3.º Ciclos, em que são 4 as escolas a oferecer os mesmos anos: Santa Clara, Sé, S. Miguel e Sequeira no 2.º Ciclo e as últimas 3 mais a ESAAG no 3.º Ciclo. Verificam-se assim em várias disciplinas destes 2 ciclos 3 manuais diferentes na Guarda (em Matemática e Ciências Naturais no 5.º e 6.º anos e a Educação Musical e Educação Física no 5.º ano). No entanto no Ensino Secundário (lecionado na ESAAG e na Esc. Sec. Sé) dois terços das disciplinas (22 em 33) têm manual comum.
As escolhas fazem-se agora a nível de agrupamento, fazendo que todas as escolas de um agrupamento com os mesmos anos de escolaridade passem a selecionar os mesmos manuais. A diversidade de escolhas baseada na diversidade das escolas e de projetos educativos não é por si uma realidade negativa, possibilitando o confronto de experiências e uma maior realização por parte de quem escolhe, os professores do agrupamento. Sendo os manuais um instrumento fundamental em que os programas das disciplinas se realizam e muitas vezes os únicos livros que os alunos leem durante um ano, exigem-se escolhas responsáveis por parte dos agrupamentos e que satisfaçam simultaneamente alunos e professores.
No entanto, outros pensam que, tendo em conta a semelhança de públicos e de territórios educativos (e dos respetivos projetos educativos), o manual poderia bem ser o mesmo na zona dos dois agrupamentos do concelho da Guarda, o que facilitaria também a reutilização e poupança de recursos por parte das famílias que poderiam mais facilmente obter os manuais usados. Bastaria para isso que houvesse vontade dos dois agrupamentos de juntar os professores na fase do ano destinada a essa seleção. Uma ideia a ponderar para os próximos anos.
Aqui fica o quadro:
ESCOLHAS DE MANUAIS NOS
AGRUPAMENTOS AFONSO DE ALBUQUERQUE E DA SÉ
 ANO
10º
11º
12º
Nº de disciplinas em comum nas escolas dos dois Agrupamentos*

3

3

4

3

9

9

12

12

11

12

12

9
Nº de adoções do mesmo manual nas escolas dos dois Agrupamentos

0

0

1

0

2

2

0

1

3

9

8

5
MÉDIA:
31,3% de manuais comuns em todos os ciclos

7,7% de manuais comuns a todas as escolas do 1.º Ciclo (25 escolas)
22,2%
de escolhas comuns a todas as escolas do 2.º Ciclo (4 escolas)
11,4%
de escolhas comuns a todas as escolas do 3.º Ciclo (4 escolas)
66,7% de escolhas comuns nas escolas com Ensino Secundário (2 escolas)
*em que há efetivamente um manual em vigor

(Recolha de informação em wook.pt)