quarta-feira, 30 de abril de 2014

Key for Schools hoje às 14 horas na ESAAG


Realiza-se esta tarde na ESAAG e nas restantes escolas do país a partir das 14 horas o Teste de Língua Inglesa denominado Key for Schools concebido pelo Cambridge English Language Assessment e que permite certificar os conhecimentos em língua inglesa dos nossos alunos segundo o Quadro Europeu de Referência das Línguas (QERL). O Teste destina-se obrigatoriamente aos alunos que frequentam o 9º ano e também aos que por vontade própria queiram certificar os seus conhecimentos de língua inglesa e tenham entre 11 e 17 anos e frequentem do 6º ao 12º ano de escolaridade.
O objetivo é dar um maior rigor ao ensino da língua inglesa aumentando a qualidade da aprendizagem. O Key for Schools avalia as competências da compreensão e produção oral e da leitura e escrita mas a prova de hoje incide apenas no Reading and Writing e no Listening estando já o Speakinga ser avaliado na escola e continuando nas próximas semanas. O certificado, correspondente ao nível A2 do QERL, só será solicitado por quem quiser e terá o custo de 25 Euros.
A Prova é realizada com normas muito estritas num formato semelhante ao dos exames mas com muitas normas que dificultarão o trabalho dos professores que acompanharão o processo. Por isso se têm ouvido nos últimos dias na imprensa reações de professores e órgãos de direção de escolas de pouca satisfação relativas à implementação deste projeto.

25 de abril 40 anos - 33 - Salgueiro Maia

Grafito em Lisboa com Salgueiro Maia (2014)
Salgueiro Maia figura entre os nomes mais distintos ligados à revolução do 25 de abril. Foi este capitão que comandou a coluna de blindados vinda de Santarém e que cercou os ministérios do Terreiro do Paço e o Quartel do Carmo onde se albergou o Presidente do Conselho de Ministros Marcello Caetano. Depois de ter conseguido a sua rendição foi montar guarda ao Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas na Pontinha. Acompanhou também Marcello Caetano até ao aeroporto de caminho para o exílio no Brasil. Depois regressou à Escola Prática de Cavalaria em Santarém de onde partira. Recusou por várias vezes cargos importantes dado o seu desprendimento. Foi condecorado por várias vezes.
No dia 25 de abril de 1974 por duas vezes foi a sua coragem que assegurou o êxito da operação: quando fez render uma coluna de blindados que vinha contra ele nas imediações do Terreiro do Paço e quando teve de disparar para o Quartel da GNR no Carmo onde se refugiara Marcello Caetano. O êxito da operação veio torná-lo o herói da revolução. 

terça-feira, 29 de abril de 2014

Campeonato regional do Desporto Escolar - Desp. Coletivos

Aveiro dominou, o Agrup. Escolas da Sé ganhou futsal feminino


O Agrupamento de Escolas da Sé foi a única escola do distrito a vencer uma modalidade nos campeonatos regionais do Desporto Escolar realizados na Guarda no passado fim de semana (24, 25 e 26 de abril) em desportos coletivos, escalão Juvenis. A vitória deu-se no futsal feminino, seguindo a equipa para a fase nacional. A competição envolvia os distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu. Foi Aveiro o distrito dominador, como se vê pelos resultados seguintes (cinco títulos no total de 8).
No Voleibol masculino ganhou o Instituto Educativo do Juncal (Leiria), tendo sido segundo o Instituto Prom. Social de Bustos (Aveiro). A equipa do distrito da Guarda era do Agrup. Escolas da Sé e ficou em 4º lugar. No Voleibol feminino venceu a equipa do Colégio Dioc. Nossa Senhora da Apresentação de Calvão (Aveiro), tendo ficado em 2º o Instituto Educativo do Juncal (Leiria). A Esc. Secundária de Seia representou a Guarda e ficou em 4º lugar.
Na modalidade de Futsal Masculino, foi o Agrup. Escolas de Montemor-o-Velho(Coimbra) que venceu, seguido da Esc. Sec. Pombal (Leiria). A equipa representante da Guarda (Esc. Sec. Gonçalo Anes Bandarra de Trancoso ficou em 4º lugar. No Futsal feminino, a Guarda venceu através do Agrup. Escolas da Sé, seguida da Esc. Bás. 2º e 3º CEB Padre António Morais da Fonseca (Aveiro).
Em Basquetebol masculino, o primeiro foi Aveiro através da Esc. Sec. Júlio Dinis de Ovar, tendo ficado em segundo lugar o Instituto Educativo do Juncal (Leiria). O Agrup. Escolas de Celorico da Beira ficou em 4º lugar. Nos Basquetebol feminino, foi outra vez Aveiro a ganhar com o Colégio Dioc. Nossa Senhora da Apresentação de Calvão, tendo sido segundo o distrito de Viseu com a Esc. Sec. Tondela. O Agrup. Escolas do Sabugal ficou em 3º.
Finalmente em Andebol masculinos também Aveiro ganhou com a Esc. Sec. José Estêvão, sendo o CAIC de Coimbra segundo. A Guarda ficou em 3º lugar com o Agrup. Escolas de Fornos de Algodres. No Andebol feminino ganhou a Esc. Sec. Adolfo Portela de Aveiro, tendo sido segundo o Colégio João de Barros (Leiria). Não houve equipa da Guarda nesta modalidade.
A fase nacional realiza-se em Lisboa no Parque das Nações em 16, 17 e 18 de maio juntando todos os primeiros classificados. Assim da Guarda apenas irá a Lisboa a equipa de futsal feminino do Agrup. Escolas da Sé.
Parabéns a todos e à organização da Guarda.

3 Candidatos a Diretor no Agrupamento da Sé

   


   José Carvalho, professor na Esc. Sec. Sé, Paula Rodrigues, professora na Esc. Bás. Sequeira e António David Gonçalves, professor na Esc. Bás. S. Miguel, são os 3 candidatos ao cargo de Diretor do Agrupamento de Escolas da Sé. Todos fazem parte da Comissão Administrativa Provisória (CAP) do Agrupamento, os dois primeiros como vogais e o terceiro como vice-presidente, não se candidatando a atual presidente, Cristina Vicente. A Comissão do Conselho Geral Transitório (CGT) indicada para o efeito está por esta altura a apreciar as candidaturas.

25 de abril 40 anos - 32 - Ainda os cantores de intervenção


No 25 de abril a música foi uma forma excelente de os mais esclarecidos ou mais politizados, nomeadamente na área da esquerda, deixarem a sua marca e se empenharem fortemente na transformação da sociedade. Após o golpe de estado de 25 de abril, era a altura de doutrinar e as teorias mais atraentes eram da esquerda. Por isso as cantigas que ficaram no ouvido eram de intervenção pura e dura. Não somente com ideias bonitas, igualdade ou fraternidade globais, justiça social ou dignidade, mas de “poder popular”, “abaixo a burguesia”, “o trabalho contra o capital”, “vamos à luta”, “vivam as comissões de moradores”, etc. Os cantores mais famosos, que ainda hoje cantam, entraram nesta onda e deixaram títulos sugestivos a apelar à luta e à transformação social. Quem não conhece os seguintes nomes: José Afonso, Vitorino, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Fausto, Pedro Barroso, José Jorge Letria, José Barata Moura, Francisco Fanhais? Depois basta irem ao Youtube e ouvirem. Algumas são bem giras.
Exemplos:
-Só de punho erguido (José Jorge Letria);
--Companheiro Vasco (Carlos Alberto Moniz e Maria do Amparo);
-Daqui o Povo não arreda pé (Carlos Alberto Moniz e Maria do Amparo);
-A luta vai ser dura, companheiro (Grupo Outubro);
-Venha lá sr. Burguês (Fausto);
-Tango dos pequenos burgueses (José Jorge Letria);
-Organização popular (Sérgio Godinho);
-Viva o poder popular (José Afonso);
-O povo unido jamais será vencido (Luís Cília);
-A cantiga é uma arma (José Mário Branco)
-Só povo unido (José Barata Moura)
-Eu vi este povo a lutar (José Mário Branco)
-Canção para a Unidade (Pedro Barroso)
Etc. Etc. Boas músicas!
Caso queiram ouvir estas músicas todas juntas, elas estão disponíveis num site que descobrimos há dias: http://marius708.com.sapo.pt/Cantores%20de%20Intervencao.html


segunda-feira, 28 de abril de 2014

25 de abril 40 anos - 31 - "Literatura e Consciência Social"


No âmbito das Comemorações do 25 de abril na ESAAG continua até 6 de maio no corredor de acesso ao Salão a Exposição “Literatura e Consciência Social” que apresenta um conjunto de 40 obras dos séculos XX e XXI que levantam questões de ordem social ou são significativas no âmbito da contestação do regime do Estado Novo. Aparecem assim obras como “Quando os lobos uivam”, de Aquilino Ribeiro, “Esteiros”, de Soeiro Pereira Gomes, “Gaibéus”, de Alves Redol ou “Memória de Elefante”, de Lobo Antunes, “As aves levantam contra o vento”, de Jorge Carvalheira ou “O viúvo” de Fernando Costa, estas com ecos da guerra colonial. A Exposição estrutura-se com as capas dos livros e um excerto significativo de cada obra.
Pode ser um bom incentivo à leitura destas obras, tão significativas da nossa literatura. Vai lá!

 

domingo, 27 de abril de 2014

25 de abril 40 anos - 30 - Os comunicados do MFA


Eis os primeiros comunicados do Movimento das Forças Armadas (MFA) em 25 de abril de 1974 a partir do Posto de Comando do MFA. Para a História.

Antes das 4 h

Aqui Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas. As Forças Armadas Portuguesas apelam para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas nas quais se devem conservar com a máxima calma. Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal para o que apelamos para o bom senso dos comandos das forças militarizadas no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os portugueses, o que há que evitar a todo o custo.
Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica esperando a sua acorrência aos hospitais, a fim de prestar a sua eventual colaboração que se deseja, sinceramente, desnecessária.

Às 4 h 45

A todos os elementos das forças militarizadas e policiais o comando do Movimento das Forças Armadas aconselha a máxima prudência, a fim de serem evitados quaisquer recontros perigosos. 
Não há intenção deliberada de fazer correr sangue desnecessariamente, mas tal acontecerá caso alguma provocação se venha a verificar.
Apelamos para que regressem imediatamente aos seus quartéis, aguardando as ordens que lhes serão dadas pelo Movimento das Forças Armadas.
Serão severamente responsabilizados todos os comandos que tentarem, por qualquer forma, conduzir os seus subordinados à luta com as Forças Armadas.

Apelo às forças militarizadas

Aqui Posto de Comando das Forças Armadas. Informa-se a população de que, no sentido de evitar todo e qualquer incidente, ainda que involuntário, deverá recolher às suas casas, mantendo absoluta calma.
A todos os componentes das forças militarizadas, nomeadamente às forças da GNR, PSP e ainda às forças da DGS e da Legião Portuguesa, que abusivamente foram recrutadas, lembra-se o seu dever cívico de contribuírem para a manutenção da ordem pública, o que na presente situação só poderá ser alcançado se não for oposta qualquer reação às Forças Armadas. Tal reação nada teria de vantajoso pois apenas conduziria a um indesejável derramamento de sangue que em nada contribuiria para a união de todos os portugueses.
Embora estando crentes no civismo e no bom senso de todos os portugueses no sentido de evitarem todo e qualquer recontro armado, apelamos para que os médicos e pessoal de enfermagem se apresente aos hospitais para uma colaboração que fazemos votos por que seja desnecessária.

Às 5 h

Atenção elementos das forças militarizadas e policiais. Uma vez que as Forças Armadas decidiram tomar a seu cargo a presente situação será considerado delito grave qualquer oposição das forças militarizadas e policiais às unidades militares que cercam a cidade de Lisboa.
A não obediência a este aviso poderá provocar um inútil derramamento de sangue cuja responsabilidade lhes será inteiramente atribuída.
Deverá por conseguinte, conservar-se dentro dos seus quartéis até receberem ordens do Movimento das Forças Armadas. 
Os comandos das forças militarizadas e policiais serão severamente responsabilizados caso incitem os seus subordinados à luta armada.

Às 7 h 30

Conforme tem sido difundido, as Forças Armadas desencadearam na madrugada de hoje uma série de ações com vista à libertação do País do regime que há longo tempo o domina.
Nos seus comunicados as Forças Armadas têm apelado para a não intervenção das forças policiais com o objetivo de se evitar derramamento de sangue. Embora este desejo se mantenha firme, não se hesitará em responder, decidida e implacavelmente, a qualquer oposição que venha a manifestar-se.
Consciente de que interpreta os verdadeiros sentimentos da Nação, o Movimento das Forças Armadas prosseguirá na sua ação libertadora e pede à população que se mantenha calma e que se recolha às suas residências. Viva Portugal!

As 10 h 30

O Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas constata que a população civil não está a respeitar o apelo já efetuado várias vezes para que se mantenha em casa.
Pede-se mais uma vez à população que permaneça nas suas casas a fim de não pôr em perigo a sua própria integridade física. Em breve será radiodifundido um comunicado esclarecendo o domínio da situação.

Às 11 h 45

Na sequência das ações desencadeadas na madrugada de hoje, com o objetivo de derrubar o regime que há longo tempo oprime o País, as Forças Armadas informam que de Norte a Sul dominam a situação e que em breve chegará a hora da libertação.
Recomenda-se de novo à população que se mantenha calma e nas suas residências para evitar incidentes desagradáveis cuja responsabilidade caberá integralmente às poucas forças que se opõem ao Movimento.
Chama-se a atenção de todos os estabelecimentos comerciais de que devem encerrar imediatamente as suas portas, colaborando desta forma com o Movimento, de modo a evitar açambarcamentos desnecessários e inúteis.
Caso esta determinação não seja acatada, será forçoso decretar o recolher obrigatório. Ciente de que interpreta fielmente os verdadeiros sentimentos da Nação, o Movimento das Forças Armadas prosseguirá inabalavelmente na missão que a sua consciência de portugueses e militares lhes impõe. Viva Portugal!
(Fonte: Centro de Documentação 25 de Abril)


sábado, 26 de abril de 2014

PIEF: o que é isso?


O Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF) é uma resposta educativa que visa promover a inclusão social das crianças e jovens, mediante a criação de respostas integradas (socioeducativas e formativas) de prevenção e combate ao abandono e ao insucesso escolar, favorecendo o cumprimento da escolaridade obrigatória e a certificação escolar. Esta medida focaliza-se em jovens com um perfil muito específico do qual se pode destacar: situações de abandono escolar; desfasamento etário face ao nível de ensino frequentado; indícios/prática de comportamentos delinquentes; problemas psicológicos graves; vítimas de trabalho infantil. Desta forma, o programa conta com a colaboração de uma série de entidades/instituições locais, denominadas parceiras, que ajudam a colmatar as necessidades identificadas nos jovens e nas respetivas famílias.
Dadas as características deste público, a medida PIEF tem como mais-valia a colaboração de um Técnico de Intervenção Local. Este agente tem como função definir, implementar e acompanhar o desenvolvimento de uma série de ações planeadas e elaboradas de acordo com as especificidades da turma. Compete ainda ao técnico, dinamizar os processos de mediação com os interlocutores (das entidades parceiras) necessários à execução do programa; elaborar diagnósticos sociofamiliares e dar encaminhamento às situações sinalizadas de jovens em risco de exclusão social que coloquem em causa o seu direito à educação. Para tal, devem ser identificadas as necessidades do jovem, nomeadamente ao nível da educação, competências parentais, fatores familiares e ecológicos, em articulação com os interlocutores identificados da rede PIEF e, de acordo, com as orientações do Instituto da Segurança Social. Em suma, o técnico participa ativamente no processo de integração e acompanhamento permanente dos alunos da turma PIEF, ao nível individual, social e familiar, através de intervenção integrada com os parceiros das redes locais, promovendo inclusão na comunidade escolar e na comunidade local.
Catarina Vaz, Técnica de Intervenção Local do PIEF

Desporto Escolar na Guarda - Fase Regional Desportos Coletivos







Está a concluir ao fim da manhã de hoje, sábado, dia 26 de abril, nos Pavilhões da Guarda, a Fase Regional no Escalão de Juvenis do Desporto Escolar – Zona Centro (distritos de Leiria, Coimbra, Aveiro, Viseu, Guarda e Castelo Branco). Esta Fase envolve as modalidades de Futsal, Voleibol, Basquetebol e Andebol (Masculinos e Femininos) e está a decorrer em todos os pavilhões da cidade. Os apurados irão depois à fase final nacional. Logo que possamos divulgaremos os quadros das classificações. De referir que o Agrup. Escolas Afonso de Albuquerque não estava apurado em nenhuma modalidade. (Fotos da página do Grupo de EF da ESAAG no Facebook)

sexta-feira, 25 de abril de 2014

25 de abril 40 anos - 29 - Assembleia Municipal Jovem na Guarda




No âmbito das Comemorações dos 40 anos do 25 de abril, uma Assembleia Municipal Jovem teve lugar hoje pelas 10h30 na Sala da Assembleia Municipal do edifício da Câmara Municipal da Guarda. Um grupo de alunos dos Agrupamentos de Escolas Afonso de Albuquerque e da Sé tiveram a palavra na Assembleia apresentando os problemas do concelho, fazendo propostas e solicitando soluções da câmara municipal. Presidiu à Assembleia o atual Presidente da Ass. Municipal, Carvalho Rodrigues e secretariaram a Assembleia Ana Gamboa do nosso Agrupamento (12º ano) e um aluno do Agrup. da Sé. Estiveram presentes o Presidente da Câmara Municipal, Álvaro Amaro, e os restantes 6 vereadores.
Os alunos fizeram então a apresentação de problemas variados nas áreas da economia, desenvolvimento local e empreendedorismo; da cultura, desporto e turismo; e da educação e associativismo jovem. Foram referidas questões como um melhor aproveitamento do parque Pólis, a renovação do parque Municipal, a preocupação pela situação do edifício da ESAAG, os ninhos de empresas para que estas cresçam, a promoção dos nossos produtos, o emprego dos jovens, a situação do Hotel Turismo, a degradação do Antigo Cine-Teatro da Guarda, a crise maior na Guarda que nas cidades idênticas à sua volta, a Plataforma Logística e sua estratégia, a pouca atratividade da Praça Velha, etc. Indo de encontro a alguns dos desafios colocados, Álvaro Amaro, na resposta, para além de apontar caminhos que já estão a ser trilhados neste momento, acabou por referir que, em resposta aos apelos dos jovens nesta Assembleia, decidiu apresentar no próximo Orçamento de 2015 uma proposta de 10.000 Euros para projetos de dinamização de atividades juvenis com regras a definir.
Participaram pela ESAAG José Rodrigues, do 11º C; Leandra Morgado, Mariana Fernandes e Micaela Reverendo, do 11º F; Andreia Portas e Márcia Aguiar, do 12º E; e Pedro Cavaco, do 12º F. Parabéns a todos pela vossa participação e esforço. Depois da sessão, José Rodrigues, do 11º C, um dos alunos, que é também Presidente da Ass. Estudantes da ESAAG, deu-nos este testemunho:
“Numa sala repleta de jovens, a Assembleia Jovem, que simulou uma reunião da Assembleia Municipal, foi para mim uma excelente iniciativa e uma experiência totalmente nova, uma vez que pude expressar a minha opinião e colocar algumas questões. Numa assembleia dirigida pelo Presidente da Assembleia Municipal e em que todo o executivo camarário esteve presente, o Presidente da Câmara procurou responder às questões colocadas pelos jovens. Foi portanto algo inovador e que fez sentir o pulsar dos jovens no que diz respeito à vida da cidade e que espero que seja para repetir. Viva a liberdade!”.
     Também Mariana Fernandes, do 11º F, comentou a atividade desta maneira:
     "No dia em que se comemora a liberdade, as portas da Câmara Municipal da Guarda abriram-se aos jovens da cidade para nos podermos manifestar sobre aspectos que consideramos estar menos bem na cidade onde vivemos. Com temas desde a Economia e Empreendedorismo até à Educação e Associativismo, passando pela Cultura, Desporto e Turismo, a Assembleia Jovem fez um enorme sucesso entre jovens, membros do governo local e todos os presentes.
Na minha opinião a iniciativa foi muito interessante e de louvar. Gostei imenso de ter participado e creio que, tanto para mim como para os meus restantes colegas que discursaram, acabou por ser muito enriquecedor pois permitiu-nos não só mostrarmos as nossas opiniões como também percebermos e sermos mas ativos na vida política da cidade. Fiquei também muito contente com a recetividade às ideias que apresentámos e, por isso, espero que haja mais oportunidades deste género.
Foi uma ótima maneira de comemorar o dia 25 de abril. "

25 de abril 40 anos - 28 - Os presos políticos

Desenho de João Abel Manta: Preso político ladeado por um Pide e um Guarda

Os presos políticos eram as maiores vítimas do regime do Estado Novo. Quem ousasse fazer frente ao regime e reivindicar o direito de opinião política ou de reunião para lá dos limites do partido único já sabia com o que podia contar: perseguição e eventualmente prisão. A PIDE era a arma utilizada contra quem queria ter voz contra o regime. À prisão seguiam-se os interrogatórios, eventualmente a tortura ou o isolamento. Alguns chegaram a morrer.
O Aljube, junto à Sé de Lisboa, foi a prisão utilizada até aos anos 60. No início dos anos 70, por pressão internacional, o Aljube fechou por insalubridade e era Caxias que era o destino principal dos presos políticos. No dia 26 de abril de 1974, a abertura da prisão de Caxias para saída dos presos políticos foi um momento de emoção elevada para os presos, familiares e amigos.
O drama dos presos não era somente a injustiça da prisão mas também as condições em que se vivia e a falta de expectativas de saída. Alguns chegaram a cortar a língua para não falar, outros tentavam resistir à tortura do sono, outros entretinham-se com trabalhos artísticos ou com a escrita, às vezes às escondidas e quando o espaço o permitia.
Nomes como Medeiros Ferreira, Mário Soares, Fernando Rosas, Domingos Abrantes, Álvaro Cunhal, José Tengarrinha, Carlos Brito são sobejamente conhecidos e deram testemunho dos tempos de prisão que nunca mais esqueceram, em alguns casos intervalados por fugas da prisão. Dois sites, do EXPRESSO e da Rádio Renascença, dão-nos por estes dias alguns testemunhos desses tempos e desses presos:

quinta-feira, 24 de abril de 2014

25 de abril 40 anos - 27 - Sarau comemorativo no Salão











Foi interessante a cerimónia / sarau à volta dos 40 anos do 25 de abril hoje pelas 10h15. Depois das boas-vindas pelo vice-presidente da CAP, Álvaro Agostinho Santos, o coro dos alunos do Conservatório entoou alguns cantos do 25 de abril, tendo a “Grândola Vila Morena” sido entoada pela assistência. O grupo foi dirigido pelos professores Helena Neves e Domenico Ricci. Depois da música veio a poesia e o teatro através do grupo de alunos do 5º ano da Escola de Santa Clara. Foram declamados poemas de Manuel Alegre, Sophia de Mello Breyner, Sérgio Godinho e outros e os pequenos atores vestidos de camuflado alinharam imitando os militares. Cravos não faltaram e quem quis pôde no tempo restante visitar ainda as Exposições “Literatura e consciência social” e “O 25 de abril” no corredor de acesso ao salão e no Espaço da Memória. Aqui ficam as fotos de Joaquim Igreja e Paula Ferreira. 

25 de abril 40 anos - 26 - Cantautores ou cantores de intervenção


Após o 25 de Abril e com a instauração da democracia surgiram vários cantores que fizeram da canção uma arma de divulgação de ideias. Dos convites à luta para impor direitos até à reivindicação de direitos para os trabalhadores passando por textos pessoais ou de autores consagrados surge-nos de tudo um pouco. Destes cantautores muitos ficaram quase desconhecidos outros são nomes que vingaram no panorama da música nacional. Aqui fica uma lista de alguns desses nomes que nos tempos conturbados do PREC fizeram, como se disse atrás, da canção uma arma. Entre os mais conceituados e conhecidos temos Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Vitorino, Pedro Barroso, Manuel Freire; menos conhecidos temos António Pedro Braga, Carlos Cunha, Fausto, Fausto, Francisco Fanhais, Francisco Naia, GAC - Vozes na Luta, Luís Cília, Sérgio O. Sá, Tino Flores, Vieira da Silva.
Destes últimos nomes destaca-se Francisco Fanhais, que musicou poemas de Sebastião da Gama e Sophia como a “Cantata da Paz” (“Vemos ouvimos e lemos/ Não podemos ignorar”) ou “Porque” e a quem Zeca Afonso deixou a seguinte dedicatória: «Tu que cantas defronte de faces atentas e seguras, faz do teu canto uma funda. Nesse lugar, entre outras mãos mais fortes e mais duras, te estenderei a minha mão fraterna. Canta amigo!». 

Cantata da paz
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar

Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror

A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças

D'África e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados

Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado
(Sophia de Mello Breyner Andresen)




quarta-feira, 23 de abril de 2014

Saiu no DR Aviso de Abertura do Concurso de Recrutamento de Diretor


         Acaba de sair em Diário da República o Aviso de Abertura 5307/2014 do Concurso para provimento do lugar de Diretor do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque. Os candidatos têm agora até ao dia 9 de maio para apresentar as suas candidaturas. Cada concorrente, que poderá ser oriundo de fora do Agrupamento, deverá apresentar um requerimento de admissão ao concurso disponível na página online da escola, o seu curriculum vitae e um projeto de intervenção no Agrupamento. Este deverá incluir "a identificação de problemas, definição da missão, as metas e as grandes linhas de orientação da ação, bem como a explicitação do plano estratégico que se propõe realizar durante o mandato".
     Após esgotado o prazo de candidatura, a Comissão Permanente do CGT, que foi entretanto mandatada para esse efeito, analisará as candidaturas, admitindo-as ou não, conforme respeitem ou não respeitem as regras do aviso de abertura e os critérios de avaliação aprovados entretanto pelo CGT. Fará depois um relatório final que apresentará ao Conselho Geral Transitório (CGT) antes da eleição.
A eleição do novo diretor terá lugar em seguida entre os 21 elementos do CGT, tudo apontando para que a mesma tenha lugar na segunda quinzena de maio. É necessário obter a maioria absoluta dos votos do CGT, pelo que, se houver mais que duas candidaturas e não haja maioria se fará imediatamente uma segunda volta com os dois candidatos mais votados. Após a eleição o novo Diretor formará a sua equipa.
Consultar na página 11128 do DR o Concurso em:

25 de abril 40 anos - 25 - Exposição "Literatura e consciência social"


No século XX e XXI várias obras literárias tiveram o condão de nos chamar a atenção para os conflitos e dramas sociais. É uma imagem dessa literatura “engagée” ou de testemunho do 25 de abril que o Clube de Leitura quer dar através da Exposição “Literatura e Consciência Social no sécs. XX e XXI” patente no corredor de acesso ao Salão. Esta Exposição reúne as capas de 40 obras com um excerto significativo das mesmas. Os autores vão, por ordem alfabética, de Altino do Tojal (Os putos)até Vergílio Ferreira (Mudança)passando por Aquilino Ribeiro (Quando os lobos uivam), Sophia de Mello Breyner Andresen (Mar Novo) ou José Rodrigues Miguéis (Gente da Terceira Classe).
Aqui fica um exemplo de um livro perseguido durante o Estado Novo, "Quando os lobos uivam" (assim como o seu autor, Aquilino Ribeiro):
“- A testemunha ouviu-lhe alguma vez fazer propaganda de ideias subversivas, quer dizer, ideias contra a nossa Santa Madre Igreja, o direito de propriedade, a ordem legal estabelecida pelo consenso da Nação?
-Em tom de conversa com este e aquele ouvi-lhe dizer mal disto e daquilo.
- Diga, diga, mal disto, mal daquilo, mas que mal?
- A seu ver o mundo andava torto, uns tinham muito e outros não tinham nada; uns morriam à fome e outros de indigestão. Mas, verdade seja, que não aconselhava ninguém a usar da violência. (…)
-Muito bem! E este outro dito: Cristo nasceu nas palhas, para nos mostrar que somos todos iguais. Que sociedade é esta onde uns têm tudo e outros não têm nada? – ouviu-lhe?
- Também não.”
40 autores, 40 obras, 40 textos impressivos. Vale a pena gastar um pouquinho do vosso tempo. 

25 de abril 40 anos - 24 - Preparativos para a celebração na escola




23 de abril. Os preparativos para a sessão de amanhã aí estão no salão e nas zonas de exposição (Espaço da Memória e Corredor junto ao Salão). Amanhã, quinta-feira, dia 24, terá lugar uma sessão evocativa do 25 de abril aberta a todos os alunos entre as 10h15 e as 11h45. Não vão faltar cravos. 

Regresso à sala do vendaval


Depois de vários meses fechada (quase quatro) após o vendaval da noite de Consoada, que fez voar as placas da cobertura, eis que a sala da direção da escola voltou ontem a abrir. Instaladas as novas placas na cobertura, há agora condições de trabalho. É este o gabinete do vice-presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP) e dos vogais e assessores, aguardando-se ainda a abertura do Gabinete do Presidente da CAP, que estará para breve. 

25 de abril 40 anos - 23 - Liberdade, Sérgio Godinho

Liberdade

Sérgio Godinho

Viemos com o peso do passado e da semente 
Esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente

Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada

Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação

Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir

domingo, 20 de abril de 2014

25 de abril 40 anos - 22 - O 25 de abril de Carlos Almeida


O meu 25 de ABRIL de 1974
 Em 1973/74 Carlos Almeida tinha 18 anos e era o Aluno nº 43 da turma IV do 7º ano do Liceu Nacional da Guarda.
Hoje é Diretor do Agrupamento de Escolas de Peniche. Aqui fica o seu testemunho sobre aquele dia. 

            Nessa quinta-feira, saí de casa para ir para o Liceu (hoje Escola Secundária Afonso Albuquerque, na cidade da Guarda), onde era aluno finalista, do 7º ano, portanto. Entrava às 8:30 h. Pelo caminho encontrei o Daniel Janela que me informou que tinha ouvido umas coisas e “em Lisboa havia novidades”. O Daniel Janela era dos rapazes que, naquele tempo, mais sabia destas coisas.
            No Liceu havia informações contraditórias. Ao meio-dia e meia hora, quando fui almoçar, já a esperança era maior. Pouco depois de contornar o quartel, já na descida para o Bonfim, fiquei parado a ver passar os carros militares que transportavam tropas. Era fácil de perceber que iam na direção da fronteira, em Vilar Formoso.
            Numa das aulas da tarde, uma professora ainda tinha esperanças, porque “ele” (Marcelo Caetano) ainda não se tinha rendido. As esperanças da professora eram o meu receio.
            Só à noite, depois de horas a “dar música”, a RTP (a preto e branco) apresentava ao país a Junta de Salvação Nacional. O jornalista de serviço era o Fialho Gouveia. O homem forte da JSN era o General António de Spínola que liderava um grupo de 7 militares (só apareceram 6, porque um, salvo erro Diogo Neto, estava em Angola). Era a certeza! Havia uma revolução em Portugal! Sensação tão estranhamente feliz. Feliz, porque SIM. Estranha, porque Portugal era um país de “brandos costumes” e havia uma monotonia nos dias iguais…
            Na véspera o meu Sporting perdera em Magdeburgo por 2-1 para a Taça das Taças. Era a 2ª mão das meias-finais. O 2-2 servia, mas Tomé falhou um golo quase no fim. Vi esse com raiva e um fino no Caçador…
            No dia 26 fomos para o Liceu e não houve aulas, pelo menos para nós. Juntámo-nos aos colegas do Colégio de São José e da então Escola Comercial e Industrial e começaram as manifestações espontâneas. De todo o lado aparecia gente. Gente feliz. “Grândola, Vila Morena” e o Hino Nacional eram cantados, por toda a cidade.
            Eu tinha 18 anos feitos, a maioria dos meus colegas tinha 17/16 anos. A maioridade era atingida aos 21 anos! A escolaridade obrigatória passara dos 4 anos (a 4ª classe que era a meta obrigatória quando ingressei na Escola Primária) para os 8 anos, por reforma do último ministro da Educação antes do 25 de ABRIL, Veiga Simão, natural do distrito da Guarda. Essa reforma começada em 1973 foi interrompida e a escolaridade obrigatória nunca chegou a ser de oito anos na prática. Passou para o 9º ano, antigo 5º ano do Liceu. Depois, mais tarde, o 9º e agora o 12º…
            E que fazia um jovem de 18 anos, naquele tempo? Eu jogava futebol federado, desde os 16 anos, Com essa idade integrei a equipa do Grupo Desportivo de Vila Nova de Foz-Côa. Em 1974 representava a equipa de Manteigas. Também jogava andebol, no desporto escolar, pelo Liceu.
            Ouvia música – Beatles, Moustaki, Fanhais (para abranger leque mais variado) e até um professor do Liceu da Guarda, António Macedo, autor da canção “Canta canta amigo canta/ vem cantar a nossa canção/ tu sozinho não és nada/ juntos temos o mundo na mão”. Brel, Aznavour, Gigliola Cinquenti, Chico Buarque, Zeca Afonso…
            Ia ao cinema, muito de vez em quando. Recordo o êxito que foi na Guarda, com filas enormes para adquirir bilhetes para ver Terence Hill e Bud Spencer em “Trinitá, o Cow-boy insolente”… Sabíamos que “lá fora” era possível ver um filme de Bertolucci, “O Último Tango em Paris” com Maria Schneider e Marlon Brando. Esse filme estava proibido em Portugal.
            Lia. Lia muito. Eça, Aquilino, Camilo, Bocage (às escondidas),Jorge Amado, Machado de Assis, Albert Camus, Sartre, Steinbeck, Moravia, Tostoi, Gorki, Flaubert, Zola, Georges Simenon (por causa do Maigret)…
            E a Guarda já tinha um Supermercado! Era o Prolar, no edifício com o mesmo nome. A surpresa que foi ir às compras e não ter que pedir os produtos ao balcão!
            Passaram 40 anos. Demasiado depressa. Mas retenho de ABRIL duas imagens fortes, para lá das manifestações: a maneira gentil, sorridente e simpática com que descobrimos nas mesmas pessoas outras pessoas e o modo como a Primavera passou a ter outros cheiros, outras cores e outros sons…

Teste Intermédio de Matemática - 11º ano


Média foi de 10,2

A média do Teste Intermédio de Matemática do 11º ano, realizado a 11 de março passado, foi na ESAAG de 10,2 na escala de 20, com um desvio padrão de 4,7 e um coeficiente de variação de 46,1%. Nada por aí além. Fizeram o teste intermédio 117 alunos.
Foi no Grupo II, que valia 150 pontos, que os alunos falharam mais. Enquanto que o I grupo obteve uma média de 64,79% de média de pontuação, no Grupo II em nenhuma pergunta a percentagem média de pontuação se eleva acima dos 60%, havendo mesmo uma pergunta (3.3.) onde a média desce a 18%.
Quanto às classificações na escala de 20, 49% dos alunos tiveram resultados negativos, sendo 16% do total abaixo de 6 valores. Dentro dos 51% de positivas, 40% são entre 10 e 16 e 11% do total são acima de 16. Não houve alunos com 20 valores, mas houve quatro alunos com 19. 

Teste Intermédio de C. Físico-Químicas - 11º ano



Média foi de 10,8

   A média do Teste Intermédio de Ciências Físico-Químicas do 11º ano, realizado a 12 de fevereiro passado, foi na ESAAG de 10,8 na escala de 20, com um desvio padrão de 3,8 e um coeficiente de variação de 35,2%. Não foram por isso grandes resultados. Fizeram o teste intermédio 124 alunos.
O Grupo II e o Grupo IV foram os grupos com pontuação média mais baixa e o Grupo II  que teve melhores pontuações.
Quanto às classificações na escala de 20, 43% dos alunos tiveram resultados negativos, sendo 8% do total abaixo de 6 valores. Os 57% de positivas dividem-se pelos 45% entre 10 e 16 e pelos 12% acima de 16. Não houve alunos com 20 valores, mas houve dois alunos com 19. 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

25 de abril 40 anos - 21 - A PIDE



A PIDE-DGS (Polícia Internacional de Defesa do Estado-Direção Geral de Segurança) era a polícia política que protegia o regime de partido único do Estado Novo e que se tornava assim a “controleira” das ideias heterodoxas e de tudo o que pudesse cheirar a regime democrático e participação política. Os seus alvos eram os militantes da oposição democrática mas também das organizações sindicais e dos partidos de esquerda clandestinos, nomeadamente o Partido Comunista.
A ação da PIDE era assegurada pela intervenção de agentes e informadores, disseminados por todo o território nacional, que se tornavam assim os olhos e os ouvidos do poder instituído. Quem fosse apanhado em atividades “contra o regime” era preso, torturado se isso fosse necessário e teria a vida infernizada por muito tempo. Nos territórios ultramarinos os pides eram também agentes de obtenção de informações contra os “turras”, ou seja, os elementos dos movimentos de libertação.
No dia 25 de abril a PIDE, na Rua António Maria Cardoso, ao Chiado, foi rodeada por populares, tendo resultado daí as únicas mortes do 25 de abril causadas por tiros vindos do edifício da PIDE, num total de quatro. Aqui e ali os pides eram apanhados e desmascarados. Às vezes eram sovados, outras vezes cometiam-se erros devido à excitação daqueles dias de revolução.
O livro recentemente publicado pelo ex-professor da ESAAG, Carlos Adaixo, Café no centro da cidade, dá-nos uma imagem interessante da atividade da PIDE e da sua presença na Guarda.
Na primeira imagem a placa que assinala os mortos do dia 25 de abril; na segunda imagem uma foto emblemática, a de Henri Bureau, fotógrafo francês, num momento de prisão de um pide.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

25 de abril 40 anos - 20 - O regresso de Álvaro Cunhal


Regresso a 30 de abril com muita gente conhecida
Álvaro Cunhal, secretário-geral do Partido Comunista Português, exilado em França, regressou a Lisboa num voo da Air France (para haver menos curiosidade e mais tranquilidade) a 30 de abril de 1974 na véspera da grande manifestação do 1º de Maio – Dia do Trabalhador. Foi um voo nervoso em que viajaram também os músicos José Mário Branco e Luís Cília, o arqueólogo Cláudio Torres e outras pessoas menos conhecidas. Todos conheciam da imprensa a situação portuguesa mas as coisas não estavam ainda muito claras para os comunistas. O nervosismo notou-se na viagem e o próprio Álvaro Cunhal despejou parte do almoço no fato que trazia. Foi ele próprio limpar os estragos ao WC mas depois o facto de já estarem quase a chegar levou a que à chegada a Lisboa ele tivesse de aparecer em gabardine para não mostrar o fato molhado. Na chegada, por razões de segurança, o comandante pediu que Cunhal saísse separado dos outros, o que avolumou as suspeitas. Saiu em conjunto com outros dois militantes que o acompanhavam: Domingos Abrantes e Conceição Matos.
À sua espera estavam Mário Soares, Salgado Zenha e Tito de Morais, do PS (Partido Socialista) e Pereira de Moura, Sottomayor Cardia e Luísa Amorim pela CDE (Comissão Democrática Eleitoral). Depois o percurso em Lisboa até ao encontro com o General Spínola, da Junta de Salvação Nacional, fê-lo protegido por Jaime Neves, comando que mais tarde estará do lado contrário da barricada no 25 de novembro de 1975.
Estas e outras histórias e entrevistas podem lê-las na revista especial do EXPRESSO do passado dia 12 de abril, dedicado aos 40 anos do 25 de abril. Vale a pena ler e guardar.