Novembro de 1973
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
RETRATOS
sexta-feira, outubro 18, 2013
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O que vale uma fotografia?
Quarenta anos depois olho para esta fotografia e o que vejo? Os tempos em que éramos felizes e não sabíamos. O ar de rebeldia que se notava nalguns cabelos. O grande número de raparigas presentes (na época, foi extraordinário – colegas nossas não puderam ir ao Baile de Finalistas, proibidas pelos pais). Uma saudade especial pelo Chico de “Maçainhas”, que morreu meia dúzia de anos depois num acidente.
Estávamos a menos de meio ano do 25 de ABRIL. A meio ano de nos vermos livres dos “homens da gabardina” (agentes da PIDE) que compareciam às saídas, de fim do dia, do Liceu.
O 7º ano era o ano terminal do curso liceal. Corresponderá, grosso modo, ao 12º ano. Éramos pouco mais de 260. E, na altura, o Liceu da Guarda era o único estabelecimento oficial do distrito da Guarda com 6º e 7º anos. Mesmo no sector privado só o Colégio de Vila Nova de Foz Côa e o de S. José, na Guarda, tinham esses anos. (Penso que não estarei enganado).
Mas, voltando à fotografia, temos um ponto comum e de partida: o Liceu Nacional da Guarda, a atual Escola Secundária Afonso de Albuquerque. Depois a Universidade ou o emprego. Dali partimos. Para onde? Para onde os nossos sonhos nos levaram. Aqueles jovens, mesmo sem terem lido Sebastião da Gama, acreditavam / acreditam que “pelo sonho é que vamos”. Podemos chegar / ter chegado ou não. Mas sonhámos. Quarenta anos! É muito sonho…
Carlos Almeida, nº 43 do 7º ano, turma IV em 1973/74,
atualmente diretor do Agrupamento de Escolas de Peniche.
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