segunda-feira, 21 de julho de 2014

Análise do IAVE não considera significativas descidas nos exames


A tendência de estabilidade entre resultados de diversos anos é a nota predominante na análise preliminar dos resultados dos exames nacionais do Ensino Secundário, nomeadamente no que respeita aos alunos internos. Esta análise feita pelo Conselho Diretivo do IAVE (Instituto de Avaliação Educativa) a 15 de julho passado refere que as diferenças em relação ao ano passado são pouco significativas, nomeadamente em Matemática A, Geometria Descritiva A, História A e Economia A. A introdução de conteúdos novos (do 11º ano) em várias disciplinas pode ter levado a uma pequena desestabilização do sistema mas o investimento grande na produção de informação sobre o objeto da prova e a apresentação com antecipação dos critérios gerais de classificação foram no entanto elementos estabilizadores.
A análise do IAVE salienta ainda que o coeficiente de correlação entre Classificação de Exame (CE) e Classificação Interna de Frequência (CIF) tem como base a diferença do objeto de avaliação, que engloba “componentes mais diversificadas” na sala de aula. Não é portanto de admirar a diferença entre CE e CIF. É no entanto difícil de explicar para o IAVE a persistência do valor da CIF (valor médio entre 13,0 e 13,7), que constitui “uma marca crónica do nosso sistema de ensino”, não refletindo os resultados a “reconhecida especificidade e diversidade das disciplinas em apreço no que se refere, entre outros aspetos, às conceções sociais sobre a respetiva complexidade”.
Conclui-se assim que as descidas em algumas disciplinas são “estatisticamente irrelevantes”, não refletindo uma ideia de “regressão na capacidade global dos alunos avaliados”. Apenas “leituras longitudinais em intervalos temporais mais longos” poderão ser significativos.
Análise completa em:

0 comentários:

Enviar um comentário