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Francisco Fonseca, Ana Rita Almeida e Mariana Santos publicarão nos próximos dias o vídeo desta conversa no Projeto CLIMA@EDUMEDIA |
Efeitos das alterações climáticas na biodiversidade serão grandes
As alterações climáticas podem ser fatais para algumas espécies de animais ou plantas. Alguns animais tais como o urso polar estão a desaparecer juntamente com os seus habitats devido a alterações no seu habitat que tem vindo a derreter e por causa disso o urso polar tem de ir viver para outros locais.
Entrevistámos via Skype Miguel Matias, investigador do CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos) que nos respondeu a algumas questões:
1. Em Portugal existe alguma espécie animal ou vegetal que corra perigo de extinção devido às alterações climáticas? Porquê?
Não existe só uma espécie ameaçada de extinção, pelo contrário, existem bastantes. O que se verifica é que sendo um problema global, atinge diversos grupos de espécies. Por exemplo o lince está em vias de extinção não por causa das alterações climáticas, mas também porque o seu habitat sofreu alterações.
O grande problema não é só o clima estar a mudar, mas também a paisagem e o ambiente. Somos cada vez mais humanos, cada vez mais utilizamos os espaços que antigamente eram espaços naturais e o que acontece é que quer as espécies animais, quer as vegetais, têm que responder a estas alterações. Por exemplo em Portugal, se o habitat de uma espécie é muito frio, quando a temperatura começar a subir devido às alterações climáticas, essa espécie vai ter de migrar para Norte para encontrar temperaturas mais baixas.
2. O que é que o ser humano pode fazer para evitar que uma espécie fique em perigo?
Isso depende da espécie. Por exemplo, se for uma planta é relativamente fácil de ajudar, transplantando-a para outros lugares. Com os animais não é tão fácil assim, primeiro porque eles se movem e não são tão fáceis de proteger e também porque acabam por ter muitos requisitos que nós não conseguimos substituir. Mais uma vez, dou como exemplo o lince que a ciência conseguiu proteger e reproduzir em cativeiro, mas o lince precisa é de um habitat livre, onde possa correr e saltar.
3. E nós, enquanto escola, o que podemos fazer para o evitar?
Temos de tentar entender como as nossas atividades diárias contribuem para o problema. Esta situação não é uma brincadeira, é uma coisa séria. Cada um de nós tem o seu papel, que passa por não contribuir para a poluição e por estar informado. Existem programas de conservação e os mais jovens podem colaborar e participar, mas o importante é estarem informados. Se nós não fizermos isto neste momento, os que virão a seguir terão menos espécies para conservar. Todos temos de colaborar.
(Francisco Fonseca, Mariana Santos e Ana Rita Almeida - 7º D)