terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Notas do Natal - 3º Ciclo



PIEF em dificuldades



    É no 8º ano – PIEF que se verificam os resultados mais negativos de todo o 3º Ciclo. Os 8 alunos do Curso têm percentagens de classificações negativas elevadas na maior parte das disciplinas (entre 38% e 63% de negativas em 6 das 11 disciplinas).

    Entretanto no 7º ano, se não contarmos as disciplinas do Ensino Articulado, as melhores classificações são da Educ. Moral e Religiosa Católica, Educação Tecnológica e Oficina de Artes, todas sem negativas, seguindo-se Educação Visual (99%), Ed. Física e Espanhol II (97%) e Formação Cívica (94%). As maiores percentagens de negativas vêm em Matemática (24%), História (18%) e Francês II (17%).  Quanto às notas elevadas (5) é em Formação Cívica que há mais destas classificações (21%), seguindo-se Geografia (19%) e Inglês I (18%).

    No 8º ano, se excluirmos o PIEF, as piores classificações ocorrem em Matemática (25%) e História (15%), estando ainda acima dos 10% de negativas as disciplinas de Inglês I (14%) e Português (11%). As classificações máximas (5) são predominantes em Formação Cívica (34%), Educação Visual (21%) e Inglês I (17%). As melhores percentagens de positivas ocorrem em Educação Moral Religiosa e Educação Visual (100%), Formação Cívica (99%), Ciências Naturais (98%), Educação Física (97%) e Física-Química (95%).

    No 9º ano as maiores dificuldades têm lugar em Francês II, que apresenta 43% de negativas, seguindo-se Física e Química (27%), Matemática (25%) e Inglês I (23%). As classificações máximas (5) são predominantes em Ciências Naturais (29%),Inglês I (20%) e  Geografia (19%). As melhores percentagens de positivas vêm em Educação Visual e Formação Cívica (97%), Educação Física e Educação Moral e Religiosa (96%) e Ciências Naturais (94%). Também no 9º ano as classificações do PIEF são muito baixas.


segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Vendaval IV

       
    As obras de intervenção no telhado da zona da Direção do Agrupamento (edifício da ESAAG) recentemente atingido pelo vendaval só se iniciam em 2014. Os elementos da empresa LENA são esperados na quinta-feira, dia 2 de janeiro. 

sábado, 28 de dezembro de 2013

Notas de Natal no 2º Ciclo

Matemática, a malvada


Matemática e Português são neste Natal as disciplinas com maior insucesso no 5º ano do Agrupamento, a funcionar na Escola de Santa Clara. Num total de 223 alunos Matemática tem 25% de classificações negativas (classificação 1 ou 2) e Português tem 18% de níveis negativos em 215 alunos. Seguem-se com 16% Inglês I e com 12% História e Geografia de Portugal e ainda com 11% Ciências Naturais. No 5º ano apenas em duas disciplinas foram atribuídos níveis 1 (o mais baixo): em Educação Visual (2 alunos) e Matemática (1 aluno). Quanto ao nível mais elevado (5), as disciplinas com melhores percentagens são Educação Musical com 27%, Educ. Moral Religiosa com 23% e Ciências Naturais com 21%.
Quanto ao 6º ano, as percentagens de negativas são muito mais elevadas, perdendo a Matemática de novo, mas agora com 42% de níveis negativos num total de 219 alunos. Seguem-se Inglês I com 33% de níveis negativos em 210 alunos, História e Geografia de Portugal com 27% e Português com 23%. No cômputo de todas as disciplinas só duas apresentam níveis 1 (1 aluno em Português e outro em Matemática). Nos níveis 5 as disciplinas campeãs no 6º ano são a Educação Física e a Educ. Moral e Religiosa, que atingem 24% destes níveis, Educação Musical com 18% e Inglês com 16%. (Imagem rr.sapo.pt)


VENDAVAL III

Cobertura em oleado

    A cobertura provisória em oleado já foi colocada e com a chuva vai acumulando água que é necessário ir esvaziando. Ao contrário do que dissemos ontem, a cobertura destruída ainda não foi retirada. Os trabalhos continuam na segunda-feira.  




VENDAVAL II

Cobertura provisória já colocada 
    Hoje, sexta-feira, dia 27, já foi colocada uma cobertura provisória na zona danificada para evitar a entrada de mais água e retirada a estrutura que caiu. Para a colocação da cobertura definitiva teremos de esperar já que é indispensável que a placa afetada seque, o que demorará alguns dias com o tempo que corre. Vai ser feita também uma avaliação das infraestruturas elétricas e informáticas que possam ter sido danificadas. 
    A intervenção tem lugar após a visita à escola do Eng. Paulo Borges, da Parque Escolar e de um representante da empresa de construção LENA.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Vendaval inunda espaço da Direção do Agrupamento

Vento levantou e levou as placas de zinco


   As placas de zinco que cobrem o espaço da Direção do Agrupamento foram deslocadas com o vendaval da noite de Consoada e saltaram para a zona do pequeno jardim interior. A água da chuva encheu depois o telhado e infiltrou-se nos gabinetes da Direção tendo danificado algum material que hoje de manhã estava a secar em outros locais da escola. As placas que "voaram" são placas de zinco com  esferovite no interior, que se tornam leves com ventos fortes como os verificados na noite de Consoada. 
   O acidente foi verificado pelos funcionários apenas hoje de manhã e a Parque Escolar está já a caminho para verificar a  situação e decidir a resolução do problema. Aqui ficam as fotos impressionantes da estrutura danificada.

As placas no jardim interior

O telhado da Direção sem as placas
Os papéis a secar

Um dos gabinetes da Direção alagado e agora vazio


domingo, 22 de dezembro de 2013

Receitas de Natal

O Grupo de História pediu aos alunos imigrantes que trouxessem para o Salão da ESAAG no Dia do Patrono um bolo do país de origem, se possível associado ao Natal. Conseguiu-se juntar tradições da Lituânia, Ucrânia, Índia, Cabo Verde e Espanha. Aqui ficam as receitas da Lituânia e de Cabo Verde, com doces ligados ao Natal.


Bolinhas de requeijão (Lituânia)
Receita de Samanta Pratuseviciute, 7º B
Ingredientes:
- 3 ovos
- 3 Colheres de sopa de açúcar (se quiser mais doce, deite mais)
- Açúcar de baunilha
- 250g de requeijão meio gordo
- 250g de farinha (pode precisar de mais)
- 1 colher de chá de fermento em pó
- óleo para fritar
Preparação:
Bata os ovos com o açúcar e o açúcar de baunilha. Para a massa doce de ovos acrescentar o requeijão e mexer bem. Misturar a farinha com o fermento em pó e deitar para a massa. Misture bem. A massa não se deve pegar à mão. Numa panela pequena, aqueça o óleo. Em lume brando ir virando enquanto cozinha até ficarem dourados. Se o óleo estiver muito quente as bolinhas ficam cruas por dentro.


Filhoses de Cabo Verde
Receita de Doribele Bá, 11º F
Ingredientes:
- Bananas maduras: 2
- Ovos: 2
- Farinha: 4 Colheres de sopa
- Leite: 4 Colheres de sopa
- Açúcar: 4 Colheres de sopa
- Fermento em pó: 1 Colher de chá
- Baunilha: q.b.
Preparação
Descasque as bananas e passe-as pela varinha mágica até ficarem em pasta. Bata os ovos com o açúcar e leite e junte a pasta de banana. Polvilhe aos poucos com farinha de trigo misturada com fermento em pó e vá mexendo com uma colher de pau até obter uma massa um pouco espessa e homogénea. Coloque bastante óleo numa frigideira grande e deixe aquecer até ferver. Use uma colher de sopa e vá colocando a massa em bocados redondos dentro da frigideira. Frite a massa deitando-a em pedaços redondos na frigideira com uma colher de sopa. Deixe fritar até ganharem uma cor acastanhada e retire-as da fritura. Utilize papel absorvente para deixar escorrer todo o excesso do óleo. Polvilhe com um pouco de açúcar e canela. Também pode banhar com mel de cana-de-açúcar.
Bom apetite!

sábado, 21 de dezembro de 2013

Celebrar Albuquerque com multiculturalidade



O Grupo de História decidiu este Natal, a propósito do dia do Patrono (Afonso de Albuquerque), festejar a multiculturalidade da Escola, sendo a mesma reflexo da expansão de Portugal e da construção do império, representada na figura do herói que dá nome ao Agrupamento. Lembremos que Albuquerque apoiou, por exemplo, a miscigenação entre portugueses e indianas.
Por outro lado, Portugal é hoje local de destino de imigrantes que procuram o nosso país vindos sobretudo do leste da Europa. No Salão da Escola no passado dia 17 foram divulgadas receitas e tradições de países asiáticos, africanos e europeus, em alguns casos através dos alunos da escola que têm essas origens. As receitas da venda de bolos tiveram uma finalidade solidária. Há que destacar a colaboração dos alunos do 9º C que contribuíram com bolos e dinamizaram a venda durante todo o dia.
Aqui ficam algumas das curiosidades sobre Afonso de Albuquerque divulgadas em folheto:
- Quando querem meter medo às crianças no Oriente dizem: Vem aí o Afonso.
- Proibiu a tradição do Sati, a imolação das viúvas na pira funerária do marido morto.
- Enviou um rinoceronte indiano ao rei D. Manuel I que o ofereceu ao Papa Leão X, sendo o primeiro exemplar visto na Europa desde o século III.
- Afonso de Albuquerque quando foi informado que havia sido substituído do seu cargo proferiu a seguinte frase: Mal com el-rei por amor dos homens e mal com os homens por amor d’el-rei.
- Afonso de Albuquerque, diz-se, que era um homem muito duro e que facilmente mandava cortar as línguas e arrancar os olhos.
- Para tentar destruir o poder do sultão do Egito, que ameaçava os interesses portugueses no Oriente, ponderou a ideia de desviar o curso do rio Nilo para secar o país.
- Tinha o plano de roubar o corpo do profeta Maomet, sequestrando-o como penhor enquanto todos os muçulmanos não abandonassem a Terra Santa.
- Conseguiu conquistar Malaca que estava defendida por 20 000 homens e elefantes de combate, com apenas 800 portugueses e 200 malabares. Os portugueses espicaçaram os elefantes fazendo-os erguer e recuar lançando o caos.
Já a seguir divulgamos as receitas da Lituânia e Cabo Verde.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ceia de Natal foi ontem

     
       Cerca de uma centena de pessoas esteve ontem presente na Ceia de Natal do Agrupamento, entre funcionários e professores no ativo e aposentados. Foi a primeira vez que a Ceia de Natal se realizou em ambiente de Agrupamento Afonso de Albuquerque, sendo por isso muitas as caras novas. As entradas, pratos e sobremesas estavam deliciosos. A confeção esteve a cargo dos alunos do Curso de Restauração, orientado pelas formadoras Emília Lima e Luísa Meca. 
   Para toda a comunidade escolar aqui ficam os votos de Feliz Natal. Para quem não veio, aqui fica também a ementa para causar inveja. 




quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

VISITA A MAFRA

Uma introdução ao "Memorial"



No passado dia 9 de dezembro, no âmbito da disciplina de Português, realizou-se uma visita de estudo dos alunos do 12º ano ao Palácio-Convento de Mafra, no qual José Saramago se inspirou para a criação da sua obra “Memorial do Convento”.
     Apesar de a partida se ter iniciado muito cedo, todos nós estávamos entusiasmados com a viagem e com o monumento que iríamos visitar.
Assim que saímos do autocarro, fomos divididos em dois grupos, que foram subdivididos em quatro grupos, acompanhados por guias, começando então a visita guiada. Os grupos tiveram guias engraçados, que conseguiram cativar a nossa atenção, interagindo connosco, o que nos provocou uma maior vontade de ler a obra e que nos permitiu compreender melhor algumas das partes mais importantes desta.
O guia que acompanhou o meu grupo era bastante divertido e interativo e logo no início da visita explicou-nos, à entrada do edifício, a contextualização histórica e arquitetónica do Palácio. Este monumento é uma das grandes obras do barroco português, que foi construído a mando do rei D. João V, como resultado de uma promessa que este tinha feito caso a sua esposa, D. Maria de Áustria, engravidasse concedendo-lhe assim um descendente. 
Ainda na entrada do convento, o guia deu-nos a conhecer vários aspetos importantes da obra, como a viagem da pedra da varanda central, a qual era bastante pesada, transportada de Pêro Pinheiro para Mafra (15 km), que se prolongou por oito dias, o que mostra a falta de condições existente naquela época, sendo esta "causadora" de várias mortes.
Após esta introdução, entrámos na basílica do convento, onde o guia nos explicou como é que Saramago, na sua obra, compara a relação entre D. João V e D. Maria de Áustria, em que não existia um amor verdadeiro, sendo um amor contratual, pois quando se casaram apenas se tinham visto em retratos, e a relação entre Baltasar Sete-Sóis e Blimunda, uma relação pura e amorosa. Explicou-nos também como ocorreu a inauguração do convento, realizada dois anos após a construção deste, no dia do aniversário do rei, o que implicou a falta de condições e o inacabamento da obra.
Depois de uma breve explicação, iniciámos a visita à basílica e ao convento, entrando na Sala do Trono, Aposentos do Rei, Aposentos da Rainha e outras salas importantes do Palácio. No fim, fomos levados até à "joia da coroa" do Palácio: a Biblioteca, a qual continha 43 mil livros que podem ainda hoje ser lidos. 
Após o almoço, que se realizou na Escola Sec. José Saramago, dirigimo-nos de novo para o convento a fim de assistirmos a uma peça de teatro pelo Grupo ÉTER. Depois de termos estado numa sala iluminada por várias luzes, controladas pelos nossos movimentos, entrámos para a sala onde assistimos ao teatro.
Logo no início da peça, ouvimos a enunciação de vários nomes, o que mostra que aquela grandiosa obra é fruto da união de um povo inteiro e não de um rei, pois vários foram os homens que dedicaram grande parte da sua vida à construção desta.
Os atores focaram principalmente a relação de Blimunda e Baltasar, uma relação pura, que começou no auto de fé, no qual a mãe da jovem estava a ser deportada devido ao facto de ser considerada bruxa. Ao longo da peça conhecemos várias personagens da obra, sendo uma delas o padre Bartolomeu que criou uma relação de amizade com os dois jovens, os quais foram seus ajudantes na construção da passarola, uma máquina voadora.
Neste teatro observámos as várias peripécias do jovem casal e do padre Bartolomeu, o que nos ajudou a compreender melhor a maior parte da obra, uma vez que parte desta gira em volta de Baltasar, Blimunda e Bartolomeu, e o seu sonho de voar.
 Com a ajuda dos guias e dos atores, compreenderemos melhor a obra de José Saramago, que relata sobretudo a grandiosidade do povo português, autor de uma das mais grandiosas obras de Portugal – o convento de Mafra. Ao criar as duas personagens,Blimunda e Baltasar, Saramago conseguiu dar a entender que naquela época, poucos sabiam o que era um amor verdadeiro e puro, no qual ambos se amam com grande intensidade e de tudo são capazes para ficar juntos. Também o sonho de alcançar algo grandioso está presente nesta obra, nomeadamente o sonho de Bartolomeu em voar; porém, este era visto como algo mau, uma vez que só os pássaros tinham asas para voar.
Com esta visita de estudo, tivemos a oportunidade de ficar a conhecer melhor um pouco da História do nosso país através de duas grandiosas obras portuguesas: uma monumental e outra literária, o que, na minha opinião, nos cativou à leitura da obra de Saramago.
Patrícia Pires (12.ºE)

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

SESSÃO SOLENE - OS NOMES



Na Sessão Solene do Dia do Patrono, no passado dia 17, às 16 horas, foram homenageados professores, funcionários e alunos por diversas razões. Aqui ficam os nomes.

Atribuição do Prémio EXPRESSÃO Rio Vivo 2012/13:
1º Prémio Crónica: Rita Maria Bolota Fonseca
1º Prémio Fotografia: Tiago Monteiro
Menção Honrosa Crónica: António José Farinhas
Menção Honrosa Fotografia: Carla Capelas

Diplomas de Mérito de Alunos 2012/13:
5º ano - Francisco Miguel Fonseca
7º ano - André Filipe Matos
8º ano - Carolina Daniela Santos, Ricardo Alexandre Ferreira, Sara Margarida Amaral
9º ano - Diogo Borges
10º ano - José António Rodrigues
11º ano - Tiago Torres
12º ano - João Pedro Ferreira

Diplomas DELF 2012/13
João Pires
Sara Margarida Amaral
Ana Carolina Nunes
Ana Rita Almeida
Carolina Fernandes
Eunice Jesus
Mariana Fonseca

Professores e funcionários recentemente aposentados:
António Cardoso Lourenço
António Joaquim Soares
António Palos Gonçalves
Cândido da Costa Andrade
Floripes Araújo
Helder Jerónimo
Inês Andrade
Isabel Rota 
Isabel Janela
Jorge Gomes
Luísa Lourenço
Margarida Pires
Mª Celestina Barroco
Mª Fátima Matias
Mª Isabel Santos
Mª Jesus Santos
Mª José Esteves
Mª Rosa Amaral
Mª Rosa Ferreira
Mª Rosa Berrincha
Mª Teresa Marques
Rosa Carvalho
Rosa Costa
Salvador Amaro

Dia do Patrono foi ontem

   Foi comemorado ontem, dia 17 de dezembro, o Dia do Patrono da Escola, Afonso de Albuquerque. Ao longo do dia várias atividades não-letivas se realizaram, envolvendo todos os professores e alunos. As mais requisitadas foram sem dúvida os filmes, os workshops de artes e as atividades desportivas; as menos populares foram certos colóquios e visitas de campo. Boa procura tiveram também a Feira do Livro Usado e as bancas de bolos no salão, que revertiam para fins de solidariedade variados.
    A sessão Solene no Auditório teve como homenageados os alunos vencedores do Prémio EXPRESSÃO Rio Vivo, os melhores alunos de cada ano e ciclo, os alunos que realizaram provas DELF (em Francês) e os professores aposentados. Seguiu-se um Porto de Honra elaborado e servido pelo Curso de Restauração e Bar. 
    Aqui ficam fotos de diversas atividades.







terça-feira, 17 de dezembro de 2013

ENTREVISTA A ISMAEL DUARTE, PRESIDENTE DA ASSOC. PAIS - PARTE II


MANTER A EXIGÊNCIA E GANHAR A CONFIANÇA NOS FILHOS

Com que linhas pensam atuar nos órgãos onde estão representados?
Teremos a preocupação em manter uma postura centrada no saber ouvir, dialogar e atuar. O principal espírito será o da cooperação, da iniciativa, da criatividade e do sentido de responsabilidade.
Estaremos sempre abertos à vontade não só de aceitar a mudança, mas de agira de modo a que ela se encaminhe num sentido positivo, tendo como prioridade o melhor para a escola e para os nossos filhos.
As transformações atuais na escola pública e as medidas anunciadas, para além das restrições financeiras, preocupam os pais?
Claro que sim. Nas últimas décadas tem acontecido que, quando ocorre uma mudança política, as políticas educativas também se alteram. Parece-nos que todas estas condicionantes afetam o bom funcionamento da escola. Demasiadas transformações que impliquem novas e constantes diretivas, como as alterações constantes aos programas, o progressivo aumento do número de alunos por turma, não são em nossa opinião benéficas para o sucesso educativo. Saliento que esta Associação de Pais acredita na Escola Pública e pugna pela dignificação do ensino em todas as suas vertentes.
É possível hoje aos pais ganhar a confiança dos jovens mantendo a exigência sobre eles?
Na nossa opinião é cada vez mais difícil para os Pais ganhar a confiança dos jovens e manter a exigência sobre eles. O equilíbrio da família está cada vez mais comprometido quando se assiste à descarga de tensões acumuladas no trabalho, ou pela falta dele e no impacto com todas as outras estruturas sociais.
Será sempre possível aos Pais manter a exigência e ganhar a confiança dos filhos, desde que se empenhem para tal. Para isso, e na nossa opinião, cabe aos Pais criar momentos de diálogo franco e aberto com os filhos. Saber dizer NÃO e explicar a razão. Dar afeto e amor, que deve ser incondicional, independentemente dos filhos obterem sucesso ou não. 

ENTREVISTA A ISMAEL DUARTE, PRES. ASSOC. PAIS - PARTE I

AQUECIMENTO E INDISCIPLINA PREOCUPAM-NOS


Que problemas vos preocupam mais no Agrupamento?
Conforme já foi referido na última reunião do Conselho Geral, de momento o que nos preocupa mais no Agrupamento são os problemas relacionados com o aquecimento na Escola Afonso de Albuquerque. Em algumas salas a temperatura é tão baixa que não é possível a docentes e alunos terem um bom desempenho.
Também outra questão que neste momento nos preocupa é a indisciplina e o vandalismo. Pelo que nos foi dito esta situação está a acontecer só com algumas turmas e prejudica o normal funcionamento das atividades letivas. A Associação de Pais está disponível, se necessário, para cooperar com a CAP a fim de se encontrarem as soluções para o problema. Aliás já o referimos no ponto 4 do nosso programa: “Promover o sucesso escolar, colaborando com a escola na sensibilização da importância da assiduidade e do comportamento em sala de aula.
Os pais hoje em dia não estão de posse dos conhecimentos do sistema educativo e da pedagogia, em virtude da complexidade destas matérias. Como se pode lutar contra isso?
Na nossa opinião, passa por se promoverem ligações ativas, realistas e flexíveis entre a escola e as famílias, de modo a facilitar os conhecimentos suficientes do sistema educativo e da pedagogia.
Será necessário criar uma onda de comunicação, onde os saberes de todos são considerados e valorizados. É necessário acreditar que este processo só é possível e implicará mudanças, partindo da vontade de todos os agentes educativos.
O contributo da associação de Pais será no sentido de estabelecer o elo de comunicação entre a escola e as famílias. O de consciencializar as famílias de que estas são os primeiros agentes educativos e de que são parte ativa neste processo.

domingo, 15 de dezembro de 2013

CRÓNICA

CONSELHO
por Ana Inês (12º E)
Cerca de grandes muros quem te sonhas.
Depois, onde é visível o jardim
Através do portão de grade dada,
Põe quantas flores são as mais risonhas,
Para que te conheçam só assim.
Onde ninguém o vir não ponhas nada.

Faz canteiros como os que outros têm,
Onde os olhares possam entrever
O teu jardim como lho vais mostrar.
Mas onde és teu, e nunca o vê ninguém,
Deixa as flores que vêm do chão crescer
E deixa as ervas naturais medrar.

Faz de ti um duplo ser guardado;
E que ninguém, que veja e fite, possa
Saber mais que um jardim de quem tu és -
Um jardim mais ostensivo e reservado,
Por trás do qual a flor nativa roça
A erva tão pobre que nem tu a vês...
(Fernando Pessoa)

     Estás aqui sentado ao meu lado e, no entanto, há tanto sobre ti que não sei. Talvez saiba mais, é verdade, do que o “jardim de quem tu és” e onde apenas pões as flores “mais risonhas”. Conheço as tuas virtudes, mas também sei muitas das tuas fragilidades e há muito que deixaste de tentar ocultar esse sítio que só tu sabes, onde és tu verdadeiramente, onde a maior parte dos olhares não pode entrever. Mas a verdade é que mesmo assim nós somos tanto, que mesmo que queiramos mostrar tudo, não conseguimos. Há até certos aspectos que são apenas abstractos, que não me podes dizer mesmo que queiras, porque não há palavras para tal, nem imagens, nem músicas.
   É, de facto, impossível transmitir todo o nosso universo interior. Eu queria saber como tu sentes, como tu te sentes quando te dou um abraço e o que te leva a sorrir para mim. Queria ser tu só por um instante, invadir todo o teu jardim, encontrar a erva “pobre”. Queria saber tudo sobre o que é ser tu. Reconheço essa impossibilidade, mas não desisto. Nunca desisto de ti.
  Somos todos um “duplo ser guardado”, um jardim aparentemente semelhante aos demais, porque necessitamos dessa proteção. Não nos devemos expor, não nos devemos revelar completamente, apresentar todas nossas falhas e tudo o que é bom de uma vez só. Temos, sim, de nos saber proteger, de só deixar entrar aos poucos alguém, de lhe mostrarmos primeiro muito bem o jardim, sem explicar porque temos malmequeres ou girassóis à entrada. Só depois, muito devagarinho, e se houver muito amor, deixar ultrapassar esse alguém os “grandes muros” com que protegemos quem realmente somos.
   E é aqui que descubro “onde és tu e nunca o vê ninguém” e todas as flores que “vêm do chão” crescem naturalmente. Encontro, assim, essa multiplicidade e diversidade de flores que não arranjas, que não compões, que são a tua essência. Mas não me mostres tudo, mesmo que eu te implore porque o mistério do amor reside em encontrar em ti sempre coisas novas, andar sempre à procura de mais flores. Já Caeiro afirmava que “Amar é a eterna inocência/E a única inocência é não pensar”, ou seja, amar implica conhecer o outro, mas não na sua totalidade.