terça-feira, 17 de dezembro de 2013

ENTREVISTA A ISMAEL DUARTE, PRESIDENTE DA ASSOC. PAIS - PARTE II


MANTER A EXIGÊNCIA E GANHAR A CONFIANÇA NOS FILHOS

Com que linhas pensam atuar nos órgãos onde estão representados?
Teremos a preocupação em manter uma postura centrada no saber ouvir, dialogar e atuar. O principal espírito será o da cooperação, da iniciativa, da criatividade e do sentido de responsabilidade.
Estaremos sempre abertos à vontade não só de aceitar a mudança, mas de agira de modo a que ela se encaminhe num sentido positivo, tendo como prioridade o melhor para a escola e para os nossos filhos.
As transformações atuais na escola pública e as medidas anunciadas, para além das restrições financeiras, preocupam os pais?
Claro que sim. Nas últimas décadas tem acontecido que, quando ocorre uma mudança política, as políticas educativas também se alteram. Parece-nos que todas estas condicionantes afetam o bom funcionamento da escola. Demasiadas transformações que impliquem novas e constantes diretivas, como as alterações constantes aos programas, o progressivo aumento do número de alunos por turma, não são em nossa opinião benéficas para o sucesso educativo. Saliento que esta Associação de Pais acredita na Escola Pública e pugna pela dignificação do ensino em todas as suas vertentes.
É possível hoje aos pais ganhar a confiança dos jovens mantendo a exigência sobre eles?
Na nossa opinião é cada vez mais difícil para os Pais ganhar a confiança dos jovens e manter a exigência sobre eles. O equilíbrio da família está cada vez mais comprometido quando se assiste à descarga de tensões acumuladas no trabalho, ou pela falta dele e no impacto com todas as outras estruturas sociais.
Será sempre possível aos Pais manter a exigência e ganhar a confiança dos filhos, desde que se empenhem para tal. Para isso, e na nossa opinião, cabe aos Pais criar momentos de diálogo franco e aberto com os filhos. Saber dizer NÃO e explicar a razão. Dar afeto e amor, que deve ser incondicional, independentemente dos filhos obterem sucesso ou não. 

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