segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

COP 21 Duas entrevistas interessantes de dois especialistas, Dulce Pássaro e José Martins Barata

    Dois especialistas que estiveram em anteriores COP - Cimeiras do Clima das Nações Unidas (Dulce Pássaro, ex-ministra do Ambiente) ou estão na atual a decorrer em Paris (José Martins Barata, economista) deram entrevistas, no primeiro caso ao DN de 1 de dezembro, no segundo ao EXPRESSO de 5 de dezembro.     
Na entrevista de Dulce Pássaro, salienta-se a melhor preparação desta cimeira em comparação com a de Copenhaga em que as expectativas não corresponderam a trabalho prévio. O grande desafio segundo ela, em Paris, será "fazer que alguns países aceitem um mecanismo harmonizado de monitorização das emissões". Dulce Pássaro reforça ainda a ideia de que todos os países hoje estão conscientes da gravidade do problema, faltando depois passar essa consciência para as medidas. No caso português, salienta ainda a importância do investimento nos últimos 15 anos em energias renováveis, nomeadamente nas eólicas e na energia solar.
    Quanto a José Martins Barata, coincide com Dulce Pássaro na ideia de que a conferência de Paris foi melhor preparada mas frisa também que a conferência tem mecanismos que não são democráticos porque os EUA, a Rússia, a China e a Índia podem bloquear os trabalhos ou o avanço das negociações. Para além do facto de estes países e a Europa terem grande quantidade de técnicos a apoiar os decisores, ao contrário dos países mais pequenos. Para ele, um acordo de sucesso seria um acordo que pudesse "ser revisto com regularidade" e em que se possa "acordar o financiamento", já que há países que vão precisar de ajuda.

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